12 de abril de 2017

Primeiras Impressões Lacrymosa

12 de abril de 2017

Primeiras Impressões Lacrymosa


Capa provisória 2017.

Título: Lacrymosa
Autora: Juliana Daglio


Sinopse: O nome dela não é Valery Green. Também não nasceu no Kansas, e sua família 
toda não morreu num acidente de carro onde ela foi a única sobrevivente. Nascida num 
mundo de trevas e segredos apocalípticos, a garota feita de mentiras luta dia após dia para 
ter uma vida longe de sua verdadeira identidade e de seu dom misterioso, o qual ela julga 
como uma maldição. 
 Por cinco anos, ela conseguiu. Escondida na pacata Darkville, tornou-se uma 
respeitada Detetive, conhecida por sua frieza e eficácia no trabalho. Seu companheiro 
Axel parece ter orgulho de trabalharem juntos, até ficar frente a frente ao que encontraram 
na busca daquela noite - um demônio dentro de uma garotinha. 
 Para ajudar a pequena Anastacia, Valery terá que colocar em risco o trabalho na 
polícia e seu relacionamento com Axel, recorrendo à ajuda do Padre Henry Chastain, um 
velho conhecido. Desenterrando um passado cheio de exorcismos, perseguições e 
batalhas contra demônios, esse reencontro não promete ser feito de abraços e boas-vindas. 
Chas, como ela o chama, é conhecido como o maior Exorcista vivo - a Espada de Sal do 
Vaticano, e é sua única esperança de lutar contra o novo inimigo, mas também representa 
o ponto fraco de si mesma e o acesso a um passado doloroso que pode despertar seus 
próprios demônios interiores.



Não vou iniciar este post falando sobre as páginas que li do início do livro, até porque a sinopse já fala tudo por si só, invés disso, vou falar sobre minhas impressões sobre o texto. 




'Amar demais é experimentar dor em seu estado bruto, tornar-se vulnerável a altas doses dela. E ela amava aqueles que abandonava, sentindo a brutalidade da dor que quase lhe rasgava o peito.'
(Quote)


Juliana Daglio sempre consegue prender o leitor em suas palavras profundas e sombrias, é uma das coisas que mais gosto ao ler livros e textos dela. 

Este livro não poderia ser diferente, com uma personagem intensa, mas um tanto diferente dos outros da autora (com mais amor e preocupação para com aqueles que ama, apesar de se dizer fria e distante)  nos conectamos com ela no exato momento que nasce Valery Green.

Diferente de O Lago Negro, por exemplo, esta narrativa é mais fácil e fluída.
Aparentemente  a personagem se torna detetive e investiga assassinatos e coisas do tipo. Antes da informação ser inserida no texto eu achei que ela fazia parte de algum grupo de criminosos ou assassinos. Mas (é aqui que vou destacar algo que em minha opinião, está totalmente errado quanto ao sentido real de um fato da história) o que me surpreende é alguém como ela ser mantida numa 'ocupação' como essa. Ela mesmo diz que não passaria  na avaliação psicológica, então o que e por quê  a mantêm lá?? Achei isso sem sentido.

'A visão do mal nos muda de uma maneira que mais nada pode nos mudar, mesmo quando fingimos que não estamos vendo.'
(Quote)

Apesar disso, a introdução de um personagem masculino oculto (o Padre) me deixou mega animada, seus pensamentos profundos enquanto fazia uma de suas tarefas diárias trouxe o personagem para mais perto do leitor, a cada pensamento você se conecta com ele e acaba até mesmo sorrindo ao mesmo tempo que o mesmo. Juliana Daglio tem o dom de nos deixar muito ansiosos para conhecer e entender seus personagens masculinos (aqueles que geralmente têm algo conectado às protagonistas) e ficamos curiosos como qualquer outro de seus textos.

'Irônico. Quanto mais perto da luz você fica, mais próxima está a marca da Besta. Quanto mais lhe é dado, mais lhe será requerido.'
(Quote)

Para os próximos capítulos espero uma explicação de porque Valery vê demônios e tem visões, além de uma maior aproximação para com o tal personagem misterioso, que pelo que eu entendi, é o rapaz que havia convencido a garota a sair de casa (informação das primeiras páginas da história) ou aquele que a ajudou em algum momento de seu passado. E, obviamente, a explicação do motivo de alguém 'psicológicamente inapto' estar fazendo um trabalho tão sério como o que Valery faz. Apesar de em alguns momentos ela dizer que todos a respeitam porque ela faz o melhor em DarkVille (a cidade na qual ela se esconde de todos e de si mesma), até mesmo melhor que qualquer outro oficial de lá, em minha opinião, não é motivo suficiente para que 'alguém como ela' esteja exercendo a função.



'Eu sabia que a maior parte do mal do mundo era feita pelos próprios homens. Seus desejos hediondos, o potencial egoísta (...) que somados resultavam na decadência da espécie.'
(Quote)

Mas, claro, pelo que notei dessas primeiras páginas, o livro será ainda mais incrível do que os outros de Juliana, tendo sim, tanto potencial quanto eles.
Sou extremamente fã da autora, de suas histórias e sua escrita, que acho densas e fortes.
Por isso, indico não só este que em breve será lançado, mas também, todos os outros.

Para finalizar, quero agradecer Juliana pelo prazer de poder ler e contar pra vocês um pouquinho mais de Lacrymosa, que sem dúvida, será um sucesso.
Beijos,

2 comentários:

  1. Olá!!! Fico muito feliz que você tenha gostado das Primeiras paginas e tenha se intrigado com o livro. Espero que possa ter o livro em mãos em breve para sanar as curiosidades e adentrar em todo o universo. 💜💜


    Sobre a Valery, ela estava ironizando consigo mesma, não é que ela estava inapta (a avaliação aconteceu por causa de um acontecimento específico). Ela é fria, é esse o comportamento dominante dela, por isso foi bem sucedida, mas avaliando ela mesma os pensamentos dela, fez essa reflexão. Narrador em primeira pessoa é um labirinto kkkk. Mas entendo sua reflexão e interpretação, e tentarei rever para deixar isso mais claro no texto.

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    Respostas
    1. Obrigada por mais uma vez ler algo meu com tanto carinho. 💜💜💜 Beijuuuus

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