25 de maio de 2016

Ligeiramente Casados

25 de maio de 2016

Resenha Ligeiramente Casados



Título: Ligeiramente Casados
Autora: Mary Balogh
Editora: Arqueiro
Nº de Páginas: 288

À beira da morte, o capitão Percival Morris fez um último pedido a seu oficial superior: que ele levasse a notícia de seu falecimento a sua irmã e que a protegesse "Custe o que custar!". Quando o honrado coronel lorde Aidan Bedwyn chega ao Solar Ringwood para cumprir sua promessa, encontra uma propriedade próspera, administrada por Eve, uma jovem generosa e independente que não quer a proteção de homem nenhum.

Porém Aidan descobre que, por causa da morte prematura do irmão, Eve perderá sua fortuna e será despejada, junto com todas as pessoas que dependem dela... a menos que cumpra uma condição deixada no testamento do pai: casar-se antes do primeiro aniversário da morte dele o que acontecerá em quatro dias.

Fiel à sua promessa, o lorde propõe um casamento de conveniência para que a jovem mantenha sua herança. Após a cerimônia, ela poderá voltar para sua vida no campo e ele, para sua carreira militar.

Só que o duque de Bewcastle, irmão mais velho do coronel, descobre que Aidan se casou e exige que a nova Bedwyn seja devidamente apresentada à rainha. Então os poucos dias em que ficariam juntos se transformam em semanas, até que eles começam a imaginar como seria não estarem apenas ligeiramente casados...


Neste primeiro livro da série Os Bedwyns, Mary Balogh nos apresenta à família que conhece o luxo e o poder tão bem quanto a paixão e a ousadia. São três irmãos e três irmãs que, em busca do amor, beiram o escândalo e seduzem a cada página. 







França 10 de abril de 1814 - A batalha terminara, mas Isso não queria dizer que o Coronel Lorde Bedwyn já estivesse pronto para voltar para casa. Muito pelo contrário, naquele momento ele vagava pelo campo de batalha onde tons escarlates e corpos se estendiam junto ao chão. Ao ordenar que um subordinado virasse um dos corpos de  seus companheiros percebeu que o rapaz ainda estava vivo, por pouco tempo.
Este por sua vez, lhe fez um último pedido: que levasse pessoalmente a notícia de sua morte e protegesse sua irmã.  E o coronel aceita sem pensar o que aquilo significaria e sem precisar, ele tinha uma dívida com Percival Morris.

Já na Inglaterra, Eve Morris está no campo fazendo um piquenique com a "família" e aproveitando a estação ensolarada e florida que chega antecipadamente.Charlie chega pouco tempo depois para interromper este dia lindo pedindo que ela volte imediatamente à casa, e ela o faz, pensando que finalmente seu irmão voltou para a casa depois da guerra. Só que as notícias não são boas e ela demora a notar e quando percebe já está em estado de choque, sendo abraçada por tia Mari.

Após longos dias e acontecimentos tristes, Aidan faz uma proposta à Eve, a qual ela demora a aceitar, entretanto diz fazer aquilo não só por si, mas por todos que dependem dela. Ela precisa manter a propriedade e seu dinheiro consigo para ajudar a todos e a si mesma.
Três dias , é isso que eles tem para irem até a Inglaterra, se casarem e voltarem. 

Na manhã do casamento ela está segura de si, visto as condições do casamento, e se surpreende com o que sente ao ver o lorde naquele quarto. (E ao leitor também).

O que ambos não esperavam ao fazerem o acordo do casamento era que o irmão mais velho de Aidan (Duque Bewcastle) se intrometesse no casamento, dizendo ser apenas um interesse pessoal, para que o nome da família não fique sujo com a farsa descarada de ambos. O que Bewcastle consegue é fazer com que marido e mulher tenham problemas e se vejam mais do que esperavam que fosse acontecer (Algo quem ambos ansiavam intimamente).

Eve e Aidan se dão bem apesar de tudo o que os une ou separa e esse foi um dos principais motivos para o livro ser bem cativante, e apesar da base da história me lembrar o livro anterior que li : "Jogos do Prazer" da Madeline Hunter, (casamentos armados) gostei muito desse, até porque o personagem principal me cativou no primeiro instante e a história vai para rumos bem diferentes de Jogos do Prazer. Apesar de Aidan ser lorde e coronel, é bem "acessível", bem mais humilde do que eu esperava que fosse, fofo (apesar de seu tamanho ou patente) e tem um toque especial de graça. É um personagem que faz o leitor se apaixonar instantaneamente.
Eve também me encantou, apesar da chatice e mesmice  de querer  viver usando cinza (por conta do luto), ela é bem boazinha e também tem suas imperfeições, o que faz dela outra personagem perfeita.
Gostei muito do clima de paz entre eles e da convivência de um com o outro.
Tia Mari é uma personagem secundária que é bem sagaz e faz de tudo para que os personagens fiquem juntos e se deem bem, sendo às vezes, pouco discreta com suas " fugidas" para deixá-los a sós. Ela faz um elo entre ambos, obrigando-os a se aproximar e isso é o que a faz brilhar na história.




A cada momento os personagens ficam mais profundos e tocantes, é impossível não se apaixonar por cada um deles ou o que compartilham juntos.
As páginas finais são as mais lindas que já li até agora em livros de época e a autora me surpreendeu com toda a história, com como ela leva os personagens para tais caminhos e como o relacionamento deles fica mais incrível e caloroso.
Sem dúvidas já quero ler outros livros da Mary, ela tem um talento maravilhoso para esse tipo de livro e eu amei cada segundinho da leitura.


Indico demais esse livro! Estou encantada com ele do começo ao fim e minha nota é definitivamente 5, o melhor livro de época que li até agora.

Beijos,



Um comentário:

  1. Oi Sté,
    Outro livro que não li, mas fiquei interessadíssima. Adoro romances de época e com certeza colocarei na lista.
    Obrigada por participar do #desafioalfabetoliterario
    bjs

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