14 de janeiro de 2019

Quem era ela

14 de janeiro de 2019
Resenha Quem era ela




Título: Quem era ela 
Autor: JP Delaney
Editora: Intrínseca
N° de páginas: 336


É preciso responder a uma série de perguntas, passar por um criterioso processo de seleção e se comprometer a seguir inúmeras regras para morar no nº 1 da Folgate Street, uma casa linda e minimalista, obra-prima da arquitetura em Londres. Mas há um preço a se pagar para viver no lugar perfeito. Mesmo em condições tão peculiares, a casa atrai inúmeros interessados, entre eles Jane, uma mulher que, depois de uma terrível perda, busca um ponto de recomeço. 

Jane é incapaz de resistir aos encantos da casa, mas pouco depois de se mudar descobre a morte trágica da inquilina anterior. Há muitos segredos por trás daquelas paredes claras e imaculadas. Com tantas regras a cumprir, tantos fatos estranhos acontecendo ao seu redor e uma sensação constante de estar sendo observada, o que parecia um ambiente tranquilo na verdade se mostra ameaçador.
Enquanto tenta descobrir quem era aquela mulher que habitou o mesmo espaço que o seu, Jane vê sua vida se entrelaçar à da outra garota e sente que precisa se apressar para descobrir a verdade ou corre o risco de ter o mesmo destino. Com um suspense de tirar o fôlego e um clima de tensão do início ao fim, JP Delaney constrói um thriller brilhante repleto de reviravoltas até a última página. Uma história de duplicidade, morte e mentiras.



O livro é contado através do ponto de vista de  Emma (antiga moradora da Folgate Street 1) e Jane (a atual moradora).
Ambas escolhem o mesmo apartamento para morarem, Emma com seu namorado, Jane sozinha. E tecnicamente elas tem os mesmos objetivos, por isso acredita-se que ela terá as mesmas acoes de Emma quando ali residia.
Emma decidiu se mudar quando  sofreu um assalto no antigo apartamento, a residência do namorado. Eles precisam recomeçar e aquele era o local certo, Emma precisava sair dali, se recuperar do trauma. 

Quote: "Vamos largar tudo, digo com impaciência. Vamos começar de novo.''

Para Jane, o mesmo se pode dizer. Ela perdeu o bebê que esperava e agora precisa recomeçar também. E ali, na Folgate Street 1, é o melhor local, isso e o que ela acredita.

Só que ambas não sabiam  que aquela residência existia a base de muitas regras. Entre elas: nada de móveis ou objetivos decorativos. Além de ter de responder um enorme questionário sobre suas pretensões e ações e, caso seja aprovado, ainda passar por uma entrevista com o arquiteto da casa. Resumidamente: muitas regras, muitas exigências que nem todas as pessoas estão preparadas para aceitar ou concordar.

Quote: ''– Cara , me desculpe, diz Simon.
Pela primeira vez, Monkford olha diretamente para ele.
– Nunca se desculpe por alguém que você ama – diz baixinho. – Isso faz você parecer um idiota."

Uma coisa muito interessante nesse tipo de leitura sao as descobertas livres, sutis (ou nem tão sutis assim) e que acontecem de forma sincronizada e de uma exatidão incrível. Eu simplesmente amo isso, e posso dizer, com toda certeza que Delaney não deixou a desejar neste quesito.  E nesse livro em específico, é muito gostoso de ler, ver esse tipo de descoberta que o leitor faz junto com uma das personagens, é quase mágico. 
A escrita do autor também é muito boa, fácil, intensa, compassada.
O livro tambem é uma constante surpresa, acho que foi o primeiro livro que me fez tantas (e com isso, quero dizer MUITAS MESMO) surpresas e me deixaram boquiaberta em tão pouco tempo.


Uma das coisas que você percebe durante a leitura, é que os personagens (principalmente Emma e Jane) estão constantemente procurando desculpas 'boas' para as ações dos outros. Quando tudo e até alguns outros personagens aconselham que aquilo, aquele alguém...Tem algo errado.


Após concluir a leitura, percebi que esse foi o melhor livro que li no ano. Primeiro: a escrita do autor é perfeita, te prende (assim como a história). Segundo: não me lembro de quando me senti tão envolvida e conectada com uma história, como essa.
Terceiro: é uma surpresa a cada página, um perfeito thriller psicológico. 
Ao fim da leitura eu só queria ver o autor de perto e dar um abraço e um sincero parabéns, porque esse livro sim é MARAVILHOSO de todas as formas.
Fiquei estupefata, em êxtase, sem palavras com essa narrativa envolvente e surpreendente.
Esse livro me prendeu DEMAIS e eu amei cada página e juro que eu não esperava tanto dele assim.

Indico muito até mesmo para quem não gosta desse tipo de livro, Quem Era Ela vai fazer você se apaixonar pelo gênero.

Beijos,

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